Quando um filho nasce, assumimos a maior responsabilidade de nossas vidas: criar, cuidar e dar amor a uma criança que depende 100% de nós, mães.
Na minha experiência como mãe de primeira viagem, busquei livros, histórias de outras mães e fiz o que pude para educar e amar meu primeiro filho suprindo ausências e fazendo com que ele sempre fosse feliz. Tanto eu quanto a minha mãe (mãe é mãe...), fizemos de tudo para que ele seguisse feliz e nunca lhe faltasse nada.
E só Deus e minha mãe sabem (em detalhes) o monte de coisas que passei nessa trajetória para que meu filho não se magoasse e eu não corresse o risco de te perdê-lo... mesmo depois de uma separação, e de ouvi-lo dizer, ainda pequeno, que não me amava e que só amava o seu pai.
Fui perfeita? Claro que não! Nem nunca vou ser (nem mesmo para os meus outros dois filhos do meu segundo relacionamento). E ainda posso errar, mas naquela época eu tinha apenas 23 anos e tive que encarar na marra muitos aprendizados. Desde aprender a ser mãe, até a superar a separação e isso dependendo financeiramente dos meus pais.
Em paralelo, ainda tinha que trabalhar e estar bem para cuidar de um bebê.
Até hoje não tenho palavras para agradecer aos meus pais pelo apoio que me deram nesse momento (e eu nunca imaginei que fariam o que fizeram por mim, por vários conflitos que tive com eles na adolescência).
Minha mãe assumiu responsabilidades que não eram dela e me fez ver o quão milagroso é ter uma criança entre nós. E eu sei que foi por amor... muito amor por mim e pelo meu filho (que até hoje só parece aumentar).
Após 20 anos de amadurecimento, pude compreender muitas coisas que nunca enxergaria em minha adolescência ou mesmo quando meu filho nascesse. Tento proporcionar aos meus filhos a educação que eu tive e uma liberdade que eu não tive com base em maturidade e sabedoria.
Hoje, meu filho mais velho já é um homem, com quase 20 anos. E eu não consigo mais estar 100% com ele (infelizmente), apesar de tentar sempre estar próxima, ajudar quando posso e respeitar as suas vontades e decisões.
Muitas coisas que eu aprendi, sei que ele só vai aprender com o tempo.
Mas uma coisa posso é certa: é muito melhor aprender quando pai e mãe ensinam, do que quando a vida ensina.
Na adolescência e início da idade adulta, sair com os amigos, ir para festas, aproveitar com eles e namorar é ótimo, mas não se vive só disso (e isso é o que poucos enxergam nessa fase). Numa época de tantas descobertas, em sua grande maioria, os adolescentes não têm visão de futuro. A maioria, quando trabalha, pensa no agora, consome sem controle ou não tem preocupações, além de querer vivenciar experiências inusitadas. Isso é legal e faz parte do processo, mas chega uma hora que é preciso "passar de fase" e pensar também no futuro (pensar a curto, médio e longo prazo).
As responsabilidades não podem ficar para depois de uma festa, de um jogo, ou de uma viagem. Responsabilidades e diversões precisam caminhar juntas, como na vida adulta.
E uma grande dica é: nunca acumule tarefas e responsabilidades, senão, inconscientemente você começará a se colocar em segundo plano e sua vida vai pouco a pouco se enrolando e acumulando uma energia ruim, de forma que nada anda...
Uma coisa que aprendi com a minha mãe é que "o conhecimento é a maior riqueza que você pode deixar para um filho, e é a única coisa que ninguém pode tirar dele".
E é isso que eu quero deixar os meus...
Só temos essa vida para viver, e o nosso tempo está passando. O que escolhemos/fazemos hoje muda completamente o nosso futuro.
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